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mapa

Sala expositiva com intuito de narrar experiencias profissionais da Dra. Zilda que lhe renderam conhecimentos, métodos e práticas para a construção e aprimoramento da Pastoral da Criança.

 

 

 No mapa temos a distribuição dos Postos de Saúde e Clubes de Mães da APMI Saza Lattes na cidade de Curitiba no ano de 1973, sob gestão de Dra Zilda. Nesta época a divisão estava disposta em vinte e dois postos de saúde, vinte e dois clubes de mães, um centro de treinamento e uma loja de açores. Estes clubes tinham como objetivo instruir as mães nas ações básicas de saúde como: os cuidados na gravidez, alimentação, higiene e vacinação.

É importante apontar que até a promulgação da Constituição Federal de 1988, a saúde pública no Brasil era um direito apenas daqueles que possuíam carteira assinada e contribuíam com a previdência social, de maneira que o restante da população dependia da caridade de instituições filantrópicas. A APMI Saza Lattes era uma destas instituições; em 1980, chegou a ser considerada a maior organização não estatal de promoção da assistência social latino-americana pela Organização dos Estados Americanos – OEA.

A Associação mantinha Postos de Saúde e Clubes de Mães. Os postos ampliavam o atendimento a mães e crianças, já que na época Curitiba possuía apenas três ambulatórios materno-infantis na rede oficial.


 Ano Internacional da Criança

ano internacional da criança

 

A matéria jornalistica  traz como tema o cuidado com a criança, questão essa que ganhou destaque no mundo quando o UNICEF e a ONU declararam 1979 como o Ano Internacional da Criança, data em que se completava o 20.° aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança. O conteúdo desta declaração foi alvo de avaliação crítica de diversas instâncias da sociedade nesta época, visando pensar nas soluções para os graves problemas que diziam respeito à educação, à saúde, à habitação, entre outros. “O AIC apresenta uma oportunidade singular para focalizar a consciência mundial na infância, dando-lhe a alta prioridade que merece, não apenas por si mesma, mas para o bem de toda a comunidade”, declarou Dra. Zilda à época. Ela coordenou no Paraná as atividades em torno do tema. Durante o ano, Dra. Zilda trabalhou com lideranças de instituições com potencial de capilaridade, como as igrejas, prefeituras, secretarias de Educação e da Agricultura, tendo elegido junto a eles quatro prioridades de trabalho: aleitamento materno, vacinação, saneamento básico nas escolas e a utilização da soja na merenda escolar e pelas famílias. Com a ajuda de textos básicos sobre cada tema, as lideranças eram capacitadas e mobilizadas a fim de trabalhar unidas nas comunidades.

 

 

 

 

 


     Toda Criança tem direito de:

direito das crianças

A imagem registrada esta relacionada com o Ano Internacional da Criança, e a Declaração Universal dos Direitos da Criança. Com isso, foram criadas ilustrações feitas por crianças, com idade entre zero e seis anos incompletos, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Carlos Alberto Pereira de Oliveira, em uma ação entre o Museu da Vida e o CMEI. O tema abordado foi os Direitos da Criança, e as atividades de desenho e pintura deram continuidade ao trabalho com linguagem visual das turmas. As crianças foram repertoriadas por meio de brincadeiras, faz-de-conta, uso de figurinos, rodas de conversa, visitas de profissionais (bombeiro, policial militar, profissional), cartazes, vídeos pesquisas com as famílias e leituras de imagem para enriquecer o percurso criador do desenho e/ou pintura.

 

Para conhecer a Declaração Universal dos Direitos das Crianças.

 

Toda criança tem direito:

Princípio I – À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.

Princípio II – Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.

Princípio III – Direito a um nome e a uma nacionalidade.

Princípio IV – Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.

Princípio V – Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.

Princípio VI – Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.

Princípio VII – Direito à educação gratuita e ao lazer infantil.

Princípio VIII – Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.

Princípio IX – Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.

Princípio X – Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.


 

 

Campanha contra Poliomielite

poliomielite

Legenda: Material de divulgação da campanha veiculado no Jornal Gazeta do Povo em agosto de 1980, criado pela Maurício de Sousa Produções.

A ocorrência da paralisia infantil em crianças de zero a cinco anos no Brasil, entre 1976 e 1978, foi inferior somente à Índia, segundo a Organização Mundial da Saúde. Em 1980, Dra. Zilda foi a responsável por criar a metodologia para a campanha de vacinação contra a doença no estado do Paraná. Seu método previu o envolvimento das principais lideranças da sociedade como atores protagonistas no alcance das metas, tendo como parceiros os meios de comunicação de massa. Ela recebeu acompanhamento e assessoramento do cientista Albert Sabin (inventor da vacina contra poliomielite, mais conhecida como a vacina da “gotinha”), sua esposa e técnicos do Ministério da Saúde. O sucesso da ação fez com que a médica fosse chamada a apresentar sua metodologia e resultados aos secretários de saúde e responsáveis pela vigilância sanitária de outros estados, e que seu método fosse adotado pelo Ministério da Saúde em todo o resto do país. Neste ano foi lançado o Plano de Ação contra a Poliomielite, estabelecendo 14 de junho e 16 de agosto como dias nacionais de vacinação. O último caso de poliomielite registrado no Brasil data de 1989.

 

O que é a poliomielite?

A poliomielite, também conhecida por paralisia infantil, é uma doença aguda, contagiosa e causada por vírus. As vias respiratórias e de deglutição são as principais formas de entrada do vírus no corpo humano. Uma vez instalado no aparelho digestivo, o vírus da pólio se multiplica e tem início o processo infeccioso. Os principais sintomas de seu aparecimento são febre, dores de cabeça, diarreia, vômitos, dores musculares, rigidez na nuca e na região lombar. Há casos de ela não provocar paralisia, mas quando isso ocorre, na maioria das vezes, o caso é irreversível. Atualmente, no Brasil, as crianças recebem quatro doses de vacina contra essa doença: uma aos dois meses, uma aos quatro e uma aos seis, havendo um reforço aos quinze meses, sendo as duas primeiras injetáveis e as seguintes orais.

 


REFERÊNCIAS:

 

Crianças recebem vacina antipólio no País. Gazeta do Povo. Curitiba, Domingo, 15 de junho de 1980; p. 9.

 

Depoimentos Brasileiros. Zilda Arns Neumann. Curitiba: Editoral Leitura; 2003

 

Em grande número, pais vacinam filhos. Gazeta do Povo. Curitiba, Domingo, 15 de junho de 1980; p. 40.

 

Paraná na vanguarda da luta contra a poliomielite. Gazeta do Povo. Curitiba, Quinta-Feira, 14 de agosto de 1980; p. 40.

 

Pólio traz Arcoverde a Curitiba. Gazeta do Povo. Curitiba, Quarta-Feira, 13 de agosto de 1980; p. 15.

 

Portal da Família [homepage na internet] . Declaração dos Direitos da Criança; [acesso em 03 de março de 2015]. Disponível em: http://www.portaldafamilia.org/datas/criancas/direitosdacrianca.shtml

Presidência da República, Casa Civil. Convenção sobre os Direitos da Criança; [acesso em o3 de março de 2015]. Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99710.htm